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Em fevereiro de 2020, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, anunciou o lançamento do novo sistema nacional de pagamentos instantâneos, o Pix.
A previsão é de que o início do registro das chaves de endereçamento comece em 5 de outubro e o sistema seja lançado para toda a população no dia 16 de novembro deste ano.
Esse movimento sinaliza atenção às necessidades do mercado. O dinheiro, em sua forma física, pode cair em desuso, mas ainda é cedo para decretar o fim do dinheiro em papel. As instituições financeiras já estão de olho em maneiras de facilitar transações e pagamentos. Afinal, a digitalização dos processos já é algo presente na vida de muitos brasileiros.
Segundo uma pesquisa realizada em 2018 pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o Brasil tem 230 milhões de celulares ativos no país. A pesquisa também mostra que há dois dispositivos digitais por habitante no Brasil, considerando smartphones, computadores, notebooks e tablets.
O que é pagamento instantâneo?
Para entender melhor como o Pix irá funcionar, antes é preciso compreender o que é pagamento instantâneo.
Atualmente, os pagamentos de boletos e as transferências por TED e DOC, só podem ser finalizadas em dias úteis. O pagamento instantâneo é um método de processamento de pagamentos, que permite a transferência quase imediata de dinheiro entre contas bancárias. Com o pagamento instantâneo, o dinheiro é disponibilizado em segundos na conta do destinatário. As transações podem ser realizadas a qualquer hora do dia, todos os dias do ano.
Seja por boleto ou cartão de crédito, a forma como o Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB) controla a transferência de reservas inviabiliza que os pagamentos sejam processados nos finais de semana, por exemplo.
Nos cartões de crédito, por exemplo, o banco emissor intermedia a transação e envia a fatura no final do mês com todos os gastos que a pessoa realizou. Se ela não pagar, o banco emissor arcará com os custos, assim o lojista não terá prejuízos.
Com o pagamento instantâneo, o processamento das transações e transferências será muito mais rápido.
O PayPal e o Mercado Pago são dois exemplos desse formato de pagamento que atuam no Brasil. Atualmente, o pagamento instantâneo funciona via QR code, 24 horas por dia, 7 dias por semana e tudo isso através do celular e internet. Com os intermediários fora da jogada, a ideia é que ocorra uma redução de custo em todo o processo.
Já os bancos, também serão participarão ativamente do Pix, como garantidores de liquidez.
A tecnologia por trás do Pix
A tecnologia usada no Pix é algo baseado no princípio de troca de mensagens instantâneas, mas com muito mais segurança e envolvendo valores monetários.
Por falar em segurança, para a realização das transações entre os participantes, há certificados digitais para garantir a autenticação e criptografia. Além disso, O Banco Central adotou os protocolos do padrão internacional ISO 20022, um dos principais padrões de comunicação do mercado financeiro global.
O objetivo do Banco Central é centralizar todos os envolvidos nas transações realizadas através do Pix em um só lugar, por isso o sistema será dividido na seguinte estrutura: